segunda-feira, março 30, 2009

Sem tema...

Pois é...já a algum tempo que não escrevo nada. Não tenho escrito porque....em primeiro porque sim e em segundo porque não me tenho sentido lá muito inspirado para a escrita.

A verdade é que a vida aqui em Londres lá continua. Este período está a acabar e está para breve o meu regresso a Portugal. Já passaram 4 meses e posso afirmar que já tive momentos muito bons aqui. Assim como já tive bons, também já tive maus, mas nada como um bom respirar fundo e ir buscar força para ultrapassar obstáculos...e que ela me acompanhe... :)

A vida de emigrante é mesmo assim. Felizmente não me tenho sentido só. Tem havido sempre alguém com quem conversar.

Continuam a haver bastantes vazios na minha vida, por vezes tenho conseguido esquecer-me deles, mas nem sempre. Aqui sempre doem mais um bocado...falta sempre aquele "amigo do peito" com quem conversar.

Por vezes ponho-me a pensar quanto tempo ficarei por cá. A conclusão a que tenho chegado é que para já é indeterminado. Tudo vai depender de como as coisas foram andando..."vou andando por aí..."...já dizia o Palma. Mas se me perguntarem quando é que de certeza voltava, essa resposta sei...quando me sentir mesmo muito só. O Amor e a Amizade são os combustíveis desta vida e sem eles, ela não "...pula e avança...".

Um grande abraço a todos!

P.S.: fotografia por Julliane (housemate)

quinta-feira, março 05, 2009

Deus fez o mundo numa semana...e nota-se possas...!

Deus fez o mundo em 7 dias…e nota-se! Porque ficou foleiro, está pra dar o peido!
Vê-se mesmo que Deus fez o mundo para o alugar e não pra viver nele!

Porque se assim fosse não tinha inventado algo tão aberrante como os guardanapos dos cafés! São impermeáveis! Como é que vmos conseguir limpar-nos a uma coisa que não seca? É como sair do banho e em vez de vestir-mos um robe, vestir um impermeável! Não tem capacidade de absorção! Estamos a comer camarões, pegamos num guardanapo, e logo à primeira,…Zás! Desintegra-se! O segundo, desaparece, o terceiro a mesma coisa, o quarto... todos juntos não chegam para a encomenda! O que fazer? Eu seco-me com um camarão… Já para não falar na aventura de usarmos o guardanapo para assoar o nariz…é um autêntico desafio de equilibrismo!


Vamos a um café e pedimos um donuts, metem-no num guardanapo e fica transparente. De repente parece que o donuts está num concurso da miss t-shirt molhada! Eu por acaso não sou nada partidário que nos entreguem os donuts em guardanapos. O senhor dos bolos tem sempre uma pergunta para a qual não há resposta: “É pra comer ou é pra levar?” Pois... não sei, eu quero leva-lo mas também o quero comer!

Estive a investigar bastante e após árduas e dura investigações constatei que a única alternativa viável aos guardanapos são os lenços de papel. Mas a questão é: onde se arranjam os lenços de papel? …Das mulheres! A uma mulher perguntas-lhe se tem um lenço de papel e ela tem! A um “gajo” nunca…se perguntamos a um gajo se tem um lenço de papel, é a mesma coisa que perguntar se usa cuecas de mulher. O mais certo é que te diga que não. O que acontece é que dependendo da idade da mulher, elas têm os lenços de papel em sítios diferentes: antes de casar na carteira, quando são mãe na manga do casaco, e quando são avós, e não me perguntem porquê, têm-nos no soutien! E todas, mas absolutamente todas as mulheres do mundo, seja qual for a raça, seja qual for, todas as mulheres do mundo têm uma bola de lenços usados no bolso do casaco!

Em contrapartida nós somos mais básicos, pra limpar os moncos pode muito bem servir uma manga do casaco, ou então, papel higiénico. O problema é uma constipação de 3 semanas acaba com o stock de papel higiénico de casa e aí temos de enfrentar um dos maiores problemas que pode acontecer a um ser humano: quando acaba o papel higiénico. Aquele momento em que estamos comodamente sentados, naquela branca e fria porcelana, aquele trono, ali sentado, tendo como única companhia um rolo de papel higiénico gasto, e nós a precisar de celulose…, procuramos na casa de banho inteira "papel, papel…onde está o raio do papel! Celulose, celulose…" e olhamos pró lado e dizemos “Só rolo de cartão….isto está mau”, porque vê-se que é áspero!


É então que olhamos fixamente nos olhos o rolo de cartão e o rolo de cartão olha para nós… e é então que fazemos um dos gestos mais inteligentes que jamais deu à luz a raça humana, 65 milhões de anos de evolução para este gesto: fazer rodar o rolo de cartão!
As pessoas pensam que vão sair dali resmas de papel. Depois há gente ingénua que pega num daqueles bocadinhos de papel, aqueles que ficam agarrados ao cartão e dizem "isto acho que chega…". Também há quem desfaça o rolo de cartão em tiras mais pequenas: que também não chega. Mas ainda há os armados em ciêntistas, gente com cálculos avançados que diz: "acho que posso obter uma surfície mair e mais fina renunciando à grossura". E obtêm umas míseras lascas que também não são suficientes e presisas de papel a todo custo!
Celulose, celulose…... há quem tire a etiqueta ao champô. Se algum dia o fizerem façam-no pela parte das letra, o outro lado tem cola! Há quem meta o cu debaixo da torneira e depois há sempre a alternativa de mandar o grito de auxílio: "mamaaaaaaaaaaaaa, papeeeeeeeeeeeeel".
As nossas mães andam a levarnos papel higiénico à casa de banho desde que se inventou o ano, e fazem sempre o “show da marionete”. Abrem um bocadinho a porta, e mostram o rollo como de fosse um boneco da contra-informaçãoi "Olá! Olá! Olá!". E é nesse instante que temos duas opções: pegar no rolo de papel ou no lenço de papel que leva na manga!

Mas realmente o que fazemos todos quando se acaba o papel higiénico é é pegar no jornal que está mais à mão: o JN (Jornal de notícias)! Alguma coisa tem o JN que faz com que todos o levemos para a casa de banho. Eu acho que tem as páginas empregnadas de laxante. Uma pessoa mal toca nele "groooaauurrr", a tripa começa logo a andar à roda. Mas de todos os jornais, o JN é provavelmente o mais perigoso também de usar…tem lixa!. E depois estão as salas de espera dos hospitais a transbordar, cheias de gente com desgarros anais:

"Nãoo! Não! Eu sou homosexual..." NÃO! Você lê o JN! Não quer é admiti-lo!

Tenha dito.